- Esse é o meu primeiro trabalho com a Glória Perez e a primeira reação que eu tive foi de querer sair correndo de tão cruel que é a minha personagem, a Lívia. Ela é a cabeça de uma máfia de tráfico internacional de pessoas, a mandante. Uma mulher riquíssima, muito fina, que tem vários estabelecimentos no mundo inteiro onde escraviza mulheres - conta a atriz.
Durante o workshop, Cláudia e os colegas de elenco tiveram a oportunidade de ouvir o depoimento de familiares de pessoas que foram vítimas desta espécie de tráfico. A atriz, que confessou ter chorado do início ao fim dos depoimentos, explica como as máfias agem.
- Dentro dessa estrutura existe toda uma abordagem junto a pessoas com menos instrução, menos favorecidas, oferecendo oportunidades de emprego fora do país. Mas acaba que é tudo uma farsa. Essas mulheres já chegam devendo e são escravizadas desde o momento que chegam ao país de destino. Carrascos pegam essas mulheres que vão morar em lugares muito precários. Elas são prostituídas e tem que dar conta de cerca de 20 homens por dia e sem ter o menor acesso a nada. Com o dinheiro da prostituição elas têm que se bancar lá e o que sobra para elas é muito pouco. Elas vivem em condições sub-humanas.
Para entender um pouco mais sobre a personalidade de uma mulher tão cruel e saber como essas pessoas conseguem escapar da justiça, Cláudia Raia foi até a Polícia Federal e se surpreendeu ao saber que, na verdade, quase nada se sabe sobre elas. Escondidas atrás de dezenas de outras pessoas que trabalham nas organizações criminosas, elas são praticamente inatingíveis. Cláudia, então, não está baseando a personagem em nenhuma criminosa real mas se inspirando em mulheres cruéis e elegantes da ficção como a personagem Victoria, da série americana "Revenge".
- Ela não pode ter nada que chame muito atenção. É uma mulher bege. Usa roupas em tons claros, é muito bonita, muito charmosa, mas é low profile. A Lívia é uma mulher da alta sociedade e existem rumores de que ela foi casada com um italiano riquíssimo mas é tudo fachada. A princípio ela faz grandes eventos de moda, agencia modelos famosas e é uma mulher livre de suspeitas. Mas é extremamente fria, cruel e tem apenas o objetivo de ganhar dinheiro. Ela pode até fazer uma boa ação mas é tudo para ela se dar bem - acrescenta a atriz.
Na trama, por ironia do destino, ela vai acabar se apaixonando pelo inimigo, que é o personagem de Rodrigo Lombardi. Ele é namorado da personagem da Nanda Costa, uma das mulheres traficadas por ela. O personagem de Rodrigo começa a investigar essa história e a Lívia, com medo, vai acabar se aproximando dele e se apaixonando. Cláudia também irá contracenar muito com Totia Meirelles, que faz a Vânia, uma figura popular que ajuda ela a abordar as pessoas, e com Vera Fischer, a Irina, a mulher que coordena as casas dela.
- Ela cria certas relações com as famílias das mulheres traficadas para dar uma tranquilizada. É um crime muito bem feito, muito bem bolado. Essa mulher é praticamente inatingível - conta Cláudia Raia - Espero que o público realmente odeie a Lívia porque, quanto melhor eu fizer esse personagem, quanto mais verossímil, mais as pessoas vão ficar atentas sobre essa situação.
- Ela cria certas relações com as famílias das mulheres traficadas para dar uma tranquilizada. É um crime muito bem feito, muito bem bolado. Essa mulher é praticamente inatingível - conta Cláudia Raia - Espero que o público realmente odeie a Lívia porque, quanto melhor eu fizer esse personagem, quanto mais verossímil, mais as pessoas vão ficar atentas sobre essa situação.
Fonte: Rede Globo
1 Comentários
Claudia Raia promete se transformar em uma vilã daquelas quando Salve Jorge, a próxima novela das 21h, de autoria de Glória Perez, estrear na tela da Rede Globo. Reunida com a equipe e o restante do elenco no Projac nesta quarta-feira, 6, para o último dos workshops de preparação para a novela, a atriz conversou com a imprensa sobre seu papel e sua preparação para este desafio.
ResponderExcluir- Esse é o meu primeiro trabalho com a Glória Perez e a primeira reação que eu tive foi de querer sair correndo de tão cruel que é a minha personagem, a Lívia. Ela é a cabeça de uma máfia de tráfico internacional de pessoas, a mandante. Uma mulher riquíssima, muito fina, que tem vários estabelecimentos no mundo inteiro onde escraviza mulheres - conta a atriz.
Durante o workshop, Cláudia e os colegas de elenco tiveram a oportunidade de ouvir o depoimento de familiares de pessoas que foram vítimas desta espécie de tráfico. A atriz, que confessou ter chorado do início ao fim dos depoimentos, explica como as máfias agem.
- Dentro dessa estrutura existe toda uma abordagem junto a pessoas com menos instrução, menos favorecidas, oferecendo oportunidades de emprego fora do país. Mas acaba que é tudo uma farsa. Essas mulheres já chegam devendo e são escravizadas desde o momento que chegam ao país de destino. Carrascos pegam essas mulheres que vão morar em lugares muito precários. Elas são prostituídas e tem que dar conta de cerca de 20 homens por dia e sem ter o menor acesso a nada. Com o dinheiro da prostituição elas têm que se bancar lá e o que sobra para elas é muito pouco. Elas vivem em condições sub-humanas.
Para entender um pouco mais sobre a personalidade de uma mulher tão cruel e saber como essas pessoas conseguem escapar da justiça, Cláudia Raia foi até a Polícia Federal e se surpreendeu ao saber que, na verdade, quase nada se sabe sobre elas. Escondidas atrás de dezenas de outras pessoas que trabalham nas organizações criminosas, elas são praticamente inatingíveis. Cláudia, então, não está baseando a personagem em nenhuma criminosa real mas se inspirando em mulheres cruéis e elegantes da ficção como a personagem Victoria, da série americana "Revenge".
- Ela não pode ter nada que chame muito atenção. É uma mulher bege. Usa roupas em tons claros, é muito bonita, muito charmosa,