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"O ser humano é capaz de tudo, até de querer coisas nocivas e negativas para si mesmo."

- Claudia Raia

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28 abril 2010

# Entrevista com a Vampira | Pretérito (*)



Mina, a vampira de 150 anos que Claudia Raia vive em 'O Beijo do Vampiro', está grávida e isso vai mudar o rumo da novela. Na vida real, porém, o script da atriz segue dentro dos planos e não pede retoques. Aos 35 anos, está exuberante, tem uma carreira consolidada e uma família feliz, que vai crescer com a chegada de uma menina -para alegria do pai, o bonitão Edson Celulari, e do irmão Enzo, o filho de 5 anos.




CÔMICA OU SEXY?

Uma atriz inteligente é a que sabe usar todas as suas facetas a favor do seu trabalho. Nunca rejeitei o fato de me acharem bonita ou gostosa – se os meus dotes físicos vão colaborar para um determinado papel é um ganho a mais! E talento a gente mostra ao longo da vida, como eu venho fazendo na televisão – com personagens sérias ou cômicas – e no teatro. Sou uma atriz de musicais, como poucas no Brasil, estudo à beça e me especializei nisso.


BONITA OU INTERESSANTE?

Não me acho bonita. Se visse uma mulher como eu passando na rua, pensaria 'puxa, que interessante, que presença', mas nunca 'que mulher linda'. Linda é a Vera Fischer, a Xuxa... Elas podem ser tomadas como padrão de beleza, eu não. Prefiro ser interessante a ser bonita, e acho que acabei lucrando com isso. Fui uma criança feia e tive de aprender a ganhar na lábia. Na escola, nunca fui a rainha da beleza, mas fui rainha da simpatia, da primavera... E vivia rodeada de meninos.


DANÇAR OU INTERPRETAR?

A dança é o alimento da minha alma. Comecei a aprender aos 2 anos e meio, dá para dizer que nasci dentro de uma escola de dança. Meu corpo é doutrinado por ela, não posso viver sem. Hoje já não consigo viver sem representar também. Cheguei a um ponto em que posso dizer que gosto igualmente de cantar, interpretar e dançar. Mas, dos três, acho que não abandonaria jamais a dança: vou ficar velhinha fazendo meu grand plié.


ENJÔOS OU DESEJOS?

Não sinto nada, nem parece que estou grávida. Como na primeira vez, estou superdisposta, não tenho enjôos nem desejos malucos e, até agora, engordei um quilo por mês. Sigo uma dieta especial para gestantes. Sou superdisciplinada e faço dieta rigorosamente.


PIZZA OU SALADA?

Apesar de gostar muito de comer, não sou fã de pizza nem de massas. Sei que preciso de carboidratos porque malho muito e me obrigo a comer, mas não gosto! Em compensação, tenho que me controlar dentro de uma churrascaria: não resisto a coisas impossíveis como um leitão à pururuca. E tenho muito prazer em comer, como o Edson – fazemos viagens gastronômicas só para curtir esse prazer. Na volta, entramos os dois na dieta. Não posso liberar, não nasci assim e ralo muito para manter meu corpo.


PLÁSTICA OU GINÁSTICA?

Já fiz plástica no nariz porque me incomodava muito. Eu não gostava de me ver com ele em nenhum ângulo. Ouvi a opinião de três cirurgiões, que achavam meu rosto harmônico. Mas aquele nariz não era meu. Encontrei um quarto profissional, que me operou e fiquei muito satisfeita. Acho que esse tipo de plástica é válido, quando a gente quer se livrar de algo que incomoda. Mas sou contra aquelas pequenas lipos para solucionar problemas que poderiam ser resolvidos com exercícios e dieta. Faço exercício físico sempre: uma hora de musculação quatro vezes por semana e 40 minutos de corrida na esteira nos outros dias. Durante a gravidez reduzo as cargas pela metade, só que, mesmo assim, meu treinamento é bem pesado. Malho muito há 18 anos – não daria para encarar esse ritmo durante a gravidez sem esse superpreparo físico.


MEDITAÇÃO OU TERAPIA?

Sou budista há 13 anos, o Edson também é. O budismo é uma filosofia de vida que se encaixou perfeitamente na minha forma de pensar. É discreto e você pode ou não se reunir com grupos. Para nós, que somos pessoas públicas, essa discrição é interessante. Mas não tenho um lance de fanatismo, não gosto disso. Medito, mas também faço terapia. Às vezes, paro, dou um tempo e volto. Sou apaixonada pela psicanálise, a cabeça humana me fascina... As histórias não mudam, mas a gente muda o jeito de administrar essas histórias, e eu adoro isso. Se não fosse atriz, acho que seria médica, talvez até psicanalista.


MOCINHA OU VILÃ?

Já fiz papéis de mocinha que eram maravilhosos, mas, em geral, a mocinha é a vítima. Prefiro ser a vilã, porque ela comanda a ação. As vilãs são personagens mais complexas, mexem com o público e mudam as histórias.


PAIXÃO OU AMOR?

Amor, é claro! A paixão destrói: vem, arrebata e a gente acaba fazendo um monte de coisas erradas, de imprudências... Acho que nunca vi uma paixão virar amor. Pelo menos comigo, nunca acabou bem. Na minha experiência, o amor começa devagar e é cultivado aos poucos, vai se transformando e crescendo.





Fonte: Revista marie claire
* Outubro de 2002 _ Edição 139

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