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"O ser humano é capaz de tudo, até de querer coisas nocivas e negativas para si mesmo."

- Claudia Raia

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16 março 2010

# Conheça Zé Congonhas, o fã que tirou fotos ao lado de 4.000 famosos no aeroporto


Irineu Bernardo da Silva, 50 anos, caçula dos 21 filhos de um ferroviário pobre e de uma dona de casa de Gameleira, no interior de Pernambuco, casado, pai de um jovem de 15 anos. Mas deixe de lado o Irineu. Chame-o de Zé Congonhas. Ele vai adorar.

Zé Congonhas é uma dessas figuras impagáveis que transformam a própria vida – e, felizmente, parte da dos outros – em coisas um pouco menos chatas e bem mais agradáveis do que a média.

Desde 1989, em seus finais de semana livres, folgas, férias e feriados, ele faz longos plantões no Aeroporto de Congonhas, com pelo menos 12 horas de duração cada um.

O objetivo, a meta de Zé: ser fotografado ao lado de artistas, cantores, jogadores de futebol, humoristas, enfim, todo o tipo de personalidade.

E não pensem que tudo é feito assim, jogado, de qualquer jeito. Nosso Zé tem figurino exclusivo para a atividade: camisas de manga comprida de cores fortes, arremedo plastificado de chapéu panamá e um cordãozão grossão de aço.

Coisa linda. Afinal de contas, nosso Zé precisa estar bonito diante da turma do sucesso. “E ninguém, muito menos gente da fama, merece esculacho”, ele completa. Com grande, absoluta e inteira razão.

Apenas tirar uma foto roubada do famosão sozinho, para ele, vale nada não. Conta zero. Está por fora. O negócio do nosso Zé Congonhas é abordar o figurão, pedir a devida autorização, entregar sua digital Sony com zoom de 12 vezes a um gaiato que esteja próximo e dar a senha célebre:

- Você tiraria uma foto minha ao lado desse nosso amado artista, por favor?

De 1989 até hoje, são mais de 6.000 imagens registradas ao lado de cerca de 4.000 artistas . Tanta experiência deu a ele condições de criar um guia de personalidade. Nele, nosso caçador de fotos divide os famosos de acordo com a reação de cada um ao ser abordado por ele. Há o Artista Me Engana que Eu Gosto, o Bomba, o Celular, o Jatinho, o Povão, o Sorriso Maroto e o Chega Mais.

O moleque Zé era famoso em Gameleira por causa da alegria contagiante. O sonho de criança, mantido até hoje, é o de ser humorista. O estilo ao mesmo tempo sonso, doce e leve lembra o do genial e eterno trapalhão Zacharias.

Em junho de 1980, Zé (então Irineu) veio para São Paulo morar no barraco de um amigo de sua cidade na favela Beira Rio, que fica próxima ao aeroporto.


Em 1989, desempregado após jornadas de trabalho como zelador e pedreiro, Zé/Irineu passou em um teste para trabalhar de segurança no Aeroporto de Congonhas. A possibilidade de ficar próximo de artistas o deixou entusiasmado.

A primeira foto da série foi feita ao lado de Claudia Raia. Ao ver a atriz de perto, abandonou a postura discreta e foi atrás. Claudia parou ao lado do porta-malas de um táxi. Zé chegou por trás e deu um cutucão na atriz, que quase teve um infarto.

- Ela levantou as mãos e disse: pode levar tudo, mas não atire, não atire, não mate, não mate.

Desfeito o mal-entendido, Zé conseguiu seu primeiro troféu. E protagonizou a primeira gafe. O chefe da segurança do aeroporto não ficava exatamente feliz com a desenvoltura de Zé nessas ocasiões. Em 1990, prometeu mandá-lo para a rua caso ele tirasse foto ao lado de mais alguém. E o chute não demorou a vir. Numa tarde de sábado, Tarcisio Meira, com a imponência que lhe é peculiar, cortou calmo e sorridente o saguão de desembarque do aeroporto.

Era demais para Zé, que, obviamente, não resistiu. Bela foto ao lado do galã. Belo bilhete azul.

O caso Claudia Raia foi o marco inaugural de alguns furos célebres ...



Fonte: R7
Comentários
1 Comentários

1 comentários:

  1. Adorei a Historia doe Congonhas, pra mím ele ja é Famoso tambem! Eu ja vi varias materias dele em varios programa de Tv e em radio enclusive no pânico da Jovem pan

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